A Igreja que entoa "Maranatha", revelando seu anseio pela volta de Cristo, trabalha por esta volta, fazendo sua parte como portadora da Palavra de Deus. Assim, até que ele venha, celebramos a Mesa do Senhor, sempre incluindo mais alguém nela

Juarez Marcondes

Pastoral 15/12/2024

jmf-307
por Rev. Juarez Marcondes Filho

Até que Ele venha

 

A expressão que dá título à presente mensagem foi extraída da instrução acerca da celebração da Ceia do Senhor, conforme I Coríntios 11.26. É mister realizar a Ceia instituída pelo Senhor Jesus até que ele retorne.

A Ceia, neste sentido, serve de memorial do que Jesus fez, morrendo pelos nossos pecados, ao mesmo tempo, em que nos aponta para sua segunda vinda, que será em glória, a fim de levar a efeito a consumação de toda a sua obra.

Partir o pão e beber o cálice é uma espécie de interregno que, ao mesmo tempo, bendiz o Salvador e manifesta o anelo pelo seu retorno.

Como Igreja, estamos firmados em Cristo, entre outras coisas, também, na sua volta. Estar firmado na volta de Cristo é reconhecer que ele veio da primeira feita para realizar o sacrifício de nossa redenção, mas voltará em majestade e glória.

Os termos de seu retorno são muito candentes: "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem sobre as nuvens, com poder e muita glória" (Mateus 24.30).

Neste lamento dos povos, acha-se excluído o próprio povo de Deus, que augura estar com Cristo; os que não são povo de Deus se lamentarão.

Têm motivos sobejos para se lamentarem, pois, somente terá restado juízo para eles, uma vez que o tempo de graça terá cessado.

Já, para o povo de Deus o cenário será muito alvissareiro: "E ele enviará os seus anjos, com grande canglor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (Mateus 24.31).

O povo do Senhor não teme a volta de Cristo, ao contrário, anseia por ela, a fim de ver completado o propósito divino, quando Cristo "entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder" (I Coríntios 15.24).

A segunda vinda de Cristo precisa ser lembrada tanto quanto a primeira vinda. Nesta, o Senhor Jesus inaugurou o Reino, naquela ele concluirá a obra, quando "todos os inimigos estarão debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte" (I Coríntios 15.25, 26). Sim, a morte será destruí- da, a morte morrerá.

Ademais, Cristo "sujeitará todas as coisas debaixo de seus pés ... quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos" (I Coríntios 15.27, 28).

O predomínio cabal de Deus se dará na volta de Cristo. Não aguardamos a volta do Senhor Jesus passivamente, mas porfiando pelo seu Reino. Na iminência de sua ascenção, Cristo declarou: "recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas" (Atos 1.8).

Neste compasso de espera, recai so- bre a Igreja a incumbência de testemunhar o Evangelho da salvação. Os pés formosos seguem sobre os montes anunciando as boas-novas (Isaías 52.7), os lábios tocados pela brasa viva estão aptos a proclamar o nome do Salvador (Isaías 6.6-8).

Capacitados pelo poder do Espírito que em nós habita, achamo-nos aptos a evangelizar, fazer a obra missionária, até que Cristo volte. Entre a primeira e a segunda vinda de Cristo a Igreja tem muito o que fazer, pois é imprescindível que "seja pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mateus 24.14).

A Igreja que entoa "Maranatha", revelando seu anseio pela volta de Cristo, trabalha por esta volta, fazendo sua parte como portadora da Palavra de Deus. Assim, até que ele venha, celebramos a Mesa do Senhor, sempre incluindo mais alguém nela