Pastoral da Semana

Em sua perfeita bondade, o Senhor não age injustamente quando assiste aos que não o servem."

Pastoral 14/04/2024

Pastoral da Semana
por Rev. Juarez Marcondes Filho

PERFEITA BONDADE

Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades” (Isaías
63.7).
A bondade do Senhor é imensa e perfeita, também, não sofrendo nenhum reparo. Tendo por meta agirmos bondosamente, eventualmente, falhamos, demonstrando nossa finitude e precariedade; em nossa intenção de revelar bondade, mostramos muitos senões, deixando a desejar neste propósito. Já, o Senhor nosso Deus é perfeito em sua bondade, não faltando em nenhum aspecto.
Não dependendo de circunstâncias - A depender das situações agimos e reagimos de maneiras alternadas; num instante, mostramo-nos tremendamente atenciosos, prontos para ajudar, preparados para servir, para, no momento seguinte, revelarmos atitudes completamente reversas. No intervalo, alguma coisa mexeu conosco, levando-nos a um comportamento diametralmente oposto. O Senhor não age desta maneira, sejam as circunstâncias favoráveis ou não, o Altíssimo manifesta sua perfeita bondade.
Chamados à comunhão com Deus, somos alvos de sua benignidade, des frutando de gestos extremamente bondosos de sua parte; se respondemos com indiferença a esta bondade, o Senhor não deixa de se revelar benigno, pois é de sua natureza agir assim, não buscando razão para fazer
diferente.
Não fazendo acepção de ninguém - “Deus faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Da perspectiva meramente humana, parece-nos que esta declaração revela certa injustiça da parte do Senhor; em nossa vã filosofia, o sol deveria vir exclusivamente sobre os bons, bem como a chuva somente sobre os justos, negando tais oportunidades aos maus e injustos, até como forma de castigo.
Provavelmente, raciocinamos desta maneira imaginando que sobre nós não paira nenhum óbice, que somos extremamente bons e completamente justos, assim, só restaria o Senhor corresponder à nossa elevada condição com benefícios exclusivos. Na verdade, não somos tão perfeitos quanto
imaginamos, ao contrario, estamos bem aquém deste objetivo.
Em sua graça comum, Deus assiste aos que o temem e aos que não o temem, aos que o cultuam e aos que se opõem ao Culto ao Senhor.
Em sua perfeita bondade, o Senhor não age injustamente quando assiste aos que não o servem.
Seu caráter imutável, lhe permite ser, ao mesmo tempo, perfeitamente justo e bondoso, derramando graça abundante sobre todos.
Não susceptível à variação de humor - A linguagem antropomórfica é bastante recorrente nas Escrituras; tendo em conta a limitação humana para apreender o ser divino, condições próprias dos homens são utilizadas com o fito de explicitar o agir divino; nem todas são plenamente satisfatórias
neste objetivo.
Uma delas diz respeito ao arrependimento de Deus, como se Deus mudasse seu modo de agir em razão de algum sentimento diferenciado. Jonas resistiu o quanto pode em ir pregar aos ninivitas porque sabia que o objetivo do Senhor era exercer sua bondade e perdão para com eles e que
viessem a se converter. Por isso, o Profeta argumentou que sabia que Deus se arrependeria do mal que havia anunciado (Jonas 4.2), valendo-se do próprio Jonas para tornar público seu intento.
Não houve mudança de humor em Deus, o expediente profético visava trazer solene advertência aos ninivitas, mas o Senhor estava imbuído em salvar os convertidos, pois, dispõe, em seu ser, de uma perfeita bondade.